PARIS (Reuters) - O teste de míssil balístico realizado pelo Irã no começo desta semana foi uma violação de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e envia uma "mensagem preocupante", disse Romain Nadal, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, nesta quinta-feira.
Teerã testou um novo míssil balístico teleguiado no domingo, desafiando uma proibição da ONU e indicando um aparente avanço nas tentativas iranianas de aprimorar a precisão de seu arsenal de mísseis.
"O lançamento de 11 de outubro constitui uma violação clara desta resolução (1929). É uma mensagem preocupante do Irã para a comunidade internacional", disse Nadal a repórteres em um boletim diário.
Os testes de mísseis balísticos iranianos estão proibidos nos termos da resolução 1929, que data de 2010 e continua válido até que o acordo nuclear firmado em 14 de julho deste ano entre em vigor.
Assim que isso ocorrer, o Irã mesmo assim será "instado" a não realizar nenhum trabalho com mísseis balísticos concebidos para carregar armas nucleares por um período de até oito anos, de acordo com uma resolução do Conselho de Segurança adotada em julho.
A resolução também determina que, assim que o acordo entrar em vigor, os países terão permissão para transferir tecnologia de mísseis e armas pesadas a Teerã com aprovação do conselho após uma análise caso a caso.
"A Resolução 1929 continuará válida até uma confirmação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que deve dar sua opinião no começo de 2016, sobre a implementação dos compromissos nucleares do Irã", afirmou Nadal said.
A França adotou uma das posturas mais rígidas nas negociações das seis potências que fecharam o acordo nuclear com o Irã.
(Por John Irish)