MILÃO (Reuters) - O estilista veterano Giorgio Armani disse nesta segunda-feira que a imagem de sua marca pode se beneficiar se ele escolher um sucessor --que não precisa necessariamente ser italiano-- para quando se aposentar.
Agora com 83 anos e ainda administrando a companhia que fundou na década de 1970, Armani nunca deixou claro quem ele gostaria que assumisse o controle da segunda maior casa de moda italiana quando deixar o cargo.
Em um primeiro passo para lidar com questões de sua sucessão, Armani criou, no ano passado, uma fundação em seu nome para proteger o futuro do grupo.
Em uma entrevista ao canal italiano de televisão RaiNews24 nesta segunda-feira, Armani disse que há pessoas dentro do grupo que podem dar continuidade a seu trabalho.
"Eu tenho vários pequenos herdeiros", disse mencionando suas duas sobrinhas, seu sobrinho e seu assistente de longa data, Pantaleo Dell'Orco. "(Essas são) pessoas que podem fazer boas coisas seguindo meu caminho."
As sobrinhas de Armani, Roberta e Silvana, trabalham no grupo, enquanto o primo delas, Andrea Camerana, deixou a companhia recentemente, mas ainda faz parte do conselho da empresa. Dell'Orco é responsável pelas linhas masculinas e faz parte do conselho da fundação.
Perguntado se seu sucessor precisaria ser italiano, Armani disse: "Não é garantido. Vamos lembrar que nos anos 1970-1980, estilistas eram franceses e eram eles que nós seguíamos".