NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O governo sírio de Bashar al-Assad é o culpado por um ataque químico contra a cidade de Khan Sheikhoun, controlada pela oposição, que matou dezenas de pessoas em abril passado, de acordo com um relatório enviado ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira.
"A República Árabe da Síria é responsável pela liberação de sarin em Khan Sheikhoun em 4 de abril de 2017", informou o relatório da ONU e do Mecanismo de Investigação Conjunto da Organização para a Proibição de Armas Químicas (JIM).
A liberação provocou um ataque com mísseis dos Estados Unidos contra uma base aérea síria que Washington disse que foi usada para lançar o ataque.
O relatório também disse que o Estado Islâmico foi culpado pelo uso de mostarda de enxofre na cidade síria de Umm Hawsh em 15 e 16 de setembro de 2016.
O JIM foi criado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU de 15 membros em 2015 e renovado em 2016 por mais um ano. O mandato vai expirar em meados de novembro e a Rússia vetou na terça-feira uma proposta para ampliá-lo.
A Síria concordou em destruir suas armas químicas em 2013 sob um acordo negociado por Rússia e Estados Unidos. O governo sírio tem negado repetidamente o uso de armas químicas durante a guerra civil de mais de seis anos no país.
(Reportagem de Rodrigo Campos)