BERLIM (Reuters) - Milhares de passageiros foram deixados sem condições de locomoção pela Alemanha neste sábado após motoristas de trens iniciarem greve de 50 horas, paralisando dois terços dos trens de longa-distância em uma disputa sobre pagamento e direitos.
Os motoristas do Sindicato GDL começaram a paralisação às 2 da manhã deste sábado para trens de passageiros, com previsão de voltarem ao trabalho na manhã de segunda-feira, enquanto os condutores de trens de carga começaram sua greve na tarde de sexta-feira.
A segunda greve nacional de motoristas em uma semana ocorre no início de um feriado de uma semana de duração em quase metade dos 16 estados federais da Alemanha.
Nesta semana, os alemães também enfrentaram greves de pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa devido à longa disputa sobre o esquema de aposentadoria.
A operadora de trens Deutsche Bahn afirmou que cerca de um terço dos trens de longa distância estavam em funcionamento e que havia introduzido um calendário substituto para minimizar os transtornos. A companhia lamentou os atrasos para passageiros, mas culpou o sindicato.
"Essa escala de greve em tão pouco tempo é completamente irresponsável e beira o irracional", disse Ulrich Weber, chefe de pessoal da Deutsche Bahn, ao jornal Bild Daily, acrescentando que a greve custava à empresa pelo menos 1 milhão de euros por dia.
(Reportagem de Madeline Chambers)