KINSHASA (Reuters) - As ruas normalmente agitadas da capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, estavam quase vazias nesta quarta-feira devido a uma greve geral convocada pela oposição para pressionar o presidente congolês, Joseph Kabila, a entregar o cargo em dezembro.
O segundo mandato de Kabila termina em dezembro, mas na semana passada a coalizão governista do país e outros partidos menores concordaram em adiar as eleições de novembro até abril de 2018, citando problemas logísticos para registrar milhões de eleitores. O principal tribunal do Congo também aprovou o adiamento na segunda-feira.
O principal bloco opositor do país diz que Kabila está usando o adiamento para se aferrar ao poder, e seus aliados afirmam que ele irá respeitar a constituição.
No mês passado, dezenas de pessoas morreram durante dois dias de protestos em Kinshasa contra o adiamento da eleição, despertando críticas contundentes de grupos de direitos humanos contra a agressão policial.
A atividade na cidade de mais de 10 milhões de habitantes estava quase paralisada nesta quarta-feira, apesar dos clamores do governo para que a greve fosse evitada.
(Por Aaron Ross e Kenny Katombe)