BOGOTÁ (Reuters) - Rebeldes marxistas colombianos do ELN libertaram três soldados mantidos reféns por quase um mês, disse nesta quarta-feira o ombudsman de direitos humanos da Colômbia, conforme o novo presidente, Iván Duque, de direita, avalia se irá continuar conversas de paz com os insurgentes.
Duque disse que o Exército de Libertação Nacional (ELN) deve liberar 19 reféns antes que retome diálogo. Ele afirmou durante sua posse em 7 de agosto que irá avaliar as conversas, que começaram em fevereiro de 2017 com o governo de seu antecessor, Juan Manuel Santos, ao longo dos próximos 30 dias.
A rodada mais recente de conversas, realizada em Cuba, terminou em 1º de agosto. Acredita-se que o grupo rebelde esteja mantendo reféns seis membros das forças da segurança na província de Choco, assim como 10 civis.
“Os soldados Orlando Yair Veja Díaz, Juan Pablo Rojas Ovando e Eduardo Caro Banol, no poder do grupo ilegal ELN desde 8 de agosto de 2018, foram entregues a uma comissão humanitária composta pelo ombudsman e pela Conferência Episcopal da Colômbia”, disse o ombudsman em publicação no Twitter (NYSE:TWTR).
Os soldados estavam sendo mantidos na província de Arauca, no leste do país e próximo à fronteira com a Venezuela.
O ELN, fundado por padres católicos radicais, é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O grupo tem travado uma guerra de cinco décadas contra o governo, realizando ataques a bombas, sequestros, extorsões e sabotagens de oleodutos.
Durante um cessar-fogo de setembro de 2017 a janeiro de 2018, o ELN suspendeu sequestros, ataques contra instalações petroleiras, uso de minas terrestres e recrutamento de menores de idade.
(Reportagem de Julia Symmes Cobb)