Por Parisa Hafezi
DUBAI (Reuters) - Um grupo de direitos humanos iraniano disse que as forças de segurança prenderam nesta quinta-feira a mãe de uma adolescente que estava em coma no hospital após um confronto com agentes no metrô de Teerã por não usar o hijab.
A agência de notícias semi-oficial do Irã Tasnim negou o relato do grupo de direitos humanos iraniano-curdo Hengaw na plataforma de mídia social X.
Autoridades iranianas também negam relatos de ativistas de direitos humanos de que a menina de 16 anos, Armita Geravand, foi ferida no domingo em um confronto com agentes que aplicam o código de vestimenta islâmico do país, o qual exige que as mulheres usem uma cobertura para a cabeça.
Hengaw disse que as forças de segurança prenderam a mãe de Geravand, Shahin Ahmadi, na quinta-feira, perto do hospital para onde sua filha foi levada após o incidente.
Grupos de direitos humanos temem que Geravand possa ter o mesmo destino de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos que morreu, no ano passado, sob custódia da polícia da moralidade, provocando meses de protestos em todo o país.
Dois proeminentes ativistas de direitos humanos disseram à Reuters na quarta-feira que Geravand entrou em coma após o que eles disseram ter sido um confronto com agentes no metrô de Teerã por violar a lei do hijab.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, criticou os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha pelos comentários que fizeram na semana passada sobre os direitos das mulheres no Irã e o caso de Geravand.
"Em vez de comentários intervencionistas e tendenciosos e de expressar uma preocupação insincera com as mulheres e meninas iranianas, é melhor se preocupar com o pessoal de saúde dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido, com os pacientes e resolver a situação deles", escreveu ele na plataforma de mídia social X.