DUBAI (Reuters) - Combatentes islâmicos no Iêmen renunciaram à submissão ao líder da Al Qaeda e prometeram lealdade ao chefe do Estado Islâmico, de acordo com uma mensagem no Twitter recuperada pelo grupo de monitoramento Site, situado nos Estados Unidos.
O grupo de monitoramento não pôde confirmar imediatamente a veracidade do comunicado distribuído no Twitter supostamente por partidários da Al Qaeda na Península Arábica, que tem sua base no centro do Iêmen.
A ramificação iemenita é considerada a mais poderosa da Al Qaeda e já havia rejeitado anteriormente a autoridade do Estado Islâmico, grupo que declarou um califado, ou teocracia islâmica, em porções de território do Iraque e da Síria.
A autoridade estatal no Iêmen se desintegrou desde que uma milícia muçulmana xiita tomou formalmente o poder na semana passada. A Al Qaeda na Península Arábica, organização muçulmana sunita, jurou destruí-la, o que alimenta os temores de uma guerra civil sectária.
"Nós anunciamos a formação de brigadas armadas especializadas em combater os apóstatas em Sanaa e Dhamar", escreveram os supostos ex-integrantes do braço da Al Qaeda, referindo-se às duas províncias centrais do país.
"Eu anuncio o rompimento do juramento de lealdade ao xeique, o santo guerreiro e sábio xeique Ayman al-Zawahiri (líder da Al Qaeda)... Nós nos comprometemos a ouvir e obedecer o califa dos fiéis, Ibrahim bin Awad al-Baghdadi", disseram.
Militantes na Península do Sinai, do Egito, e na Líbia também se juntaram Estado Islâmico, o que indica uma disputa por lealdade entre islamistas armados no Oriente Médio e norte da África.
(Reportagem de Noah Browning)