Por Tife Owolabi
YENAGOA, Nigéria (Reuters) - Um grupo militante nigeriano disse neste domingo ter sido o responsável por um ataque, ainda não confirmado, em instalação de petróleo pertencente à empresa local de energia Conoil na última sexta-feira no estado de Bayelsa, no sul do país.
O Koluama Seven Brothers, um grupo rebelde pouco conhecido, está ameaçando paralisar a produção de petróleo, exigindo ação da Conoil e do um governante conhecido como Rei Solomon Eddy em assuntos como criação de empregos.
O ataque, que o grupo armado disse ter ocorrido às 12:20 (horário local) do dia 4 de janeiro no campo Conoil's Angle 2, "foi apenas uma advertência", afirmaram em comunicado.
O Koluama Seven Brothers informou que não teria "outra opção senão lançar um ataque para fechar a Conoil" se suas exigências não forem atendidas.
A Conoil não pode ser contatada imediatamente por telefone ou email.
O Corpo de Segurança Civil e Defesa da Nigéria informou que uma explosão foi ouvida na sexta-feira no entorno de um oleoduto da Conoil na comunidade Koluama de Bayelsa, mas uma patrulha de segurança não identificou vazamentos.
Ataques em oleodutos e outras instalações no delta do rio Níger tiveram um pico em 2016, reduzindo a produção de petróleo da Nigéria de 2,2 milhões de barris por dia para quase 1 milhão de barris por dia, o nível mais baixo do maior produtor de petróleo da África em pelo menos 30 anos.
Isso, combinado com os baixos preços do petróleo, colocou o membro da Opep em sua primeira recessão em 25 anos. As vendas de petróleo bruto representam dois terços da receita do governo e a maior parte do seu câmbio estrangeiro.
A Nigéria emergiu da recessão em 2017, mas o crescimento continua pequeno às vésperas da eleição presidencial marcada para 16 de fevereiro.