Por Simon Lewis
YANGUN (Reuters) - Grupos internacionais de ajuda humanitária em Mianmar pediram que o governo permita livre acesso ao Estado de Rakhine, onde uma ofensiva militar fez com que mais de 500 mil pessoas fugissem para Bangladesh, mas milhares permanecem sem comida, abrigo e cuidados médicos.
Refugiados ainda estão fugindo de Mianmar, mais de um mês depois que insurgentes muçulmanos rohingya atacaram postos de segurança perto da fronteira, desencadeando violenta retaliação militar de Mianmar, que a ONU classificou como uma limpeza étnica.
Grupos de ajuda disseram nesta quinta-feira que o número total de refugiados em Bangladesh é agora de 502 mil pessoas, enquanto a polícia do país disse que 14 refugiados se afogaram, quando seu barco virou devido a más condições climáticas.
Mianmar tem impedido organizações não-governamentais, assim como agências da ONU, de conduzir a maior parte de seu trabalho no Estado de Rakhine, citando insegurança desde os ataques do dia 25 de agosto.
"ONGs em Mianmar estão cada vez mais preocupadas com as severas restrições ao acesso humanitário e impedimentos à prestação da gravemente necessária assistência humanitária em todo o Estado de Rakhine", disseram grupos de ajuda, em comunicado.
"Nós exortamos o governo e autoridades de Mianmar a garantir que todas as pessoas com necessidade no Estado de Rakhine tenham completo, gratuito e livre acesso a vital assistência humanitária."