LONDRES (Reuters) - A Grã-Bretanha e a França fizeram um apelo neste domingo a outros países da União Europeia (UE) para ajudá-los a lidar com a crescente crise no norte da França causada por milhares de imigrantes que procuram fazer travessias ilegais e perigosas para a Inglaterra.
O porto francês de Calais tornou-se um foco para o enorme fluxo de imigrantes que entram na Europa para escapar da pobreza e da violência no Oriente Médio e na África.
Tentativas noturnas de grandes grupos de cerca de 5.000 migrantes em Calais para forçar seu caminho através do túnel ferroviário que liga a França à Grã-Bretanha têm provocado a revolta do público e perturbado o fluxo de mercadorias entre os dois países.
"Não há soluções fáceis, e não é para o Reino Unido e a França resolverem esses problemas sozinhos", disseram a ministra do Interior britânica, Theresa May, e seu colega francês, Bernard Cazeneuve, em carta conjunta publicada no Sunday Telegraph.
"Muitos daqueles em Calais e os que tentam atravessar o canal chegaram até lá através da Itália, da Grécia ou de outros países. É por isso que estamos pressionando outros Estados membros, e toda a UE, para resolver este problema em sua raiz."
Várias pessoas foram mortas tentando entrar na Grã-Bretanha, onde acreditam que têm melhores perspectivas de nova vida.
O documento foi redigido em conjunto, no momento em que a Grã-Bretanha, onde a crise está aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro David Cameron para tomar medidas, detalhou algumas das medidas de segurança suplementares acordados com o presidente francês, François Hollande, na sexta-feira.