BEIRUTE (Reuters) - Oito guardas de fronteira iranianos foram mortos por militantes em uma operação transfronteiriça no limite com o Paquistão na segunda-feira, de acordo com relatos da mídia iraniana.
A província do Sistão-Baluchistão, no sudeste do Irã, tem sido alvo há bastante tempo da instabilidade provocada por quadrilhas de tráfico de drogas e por militantes separatistas. A população da província é predominantemente muçulmana sunita, enquanto a maioria dos iranianos é xiita.
"Os terroristas armados entraram em território iraniano do território paquistanês e enfrentaram os guardas", disse Ali Asghar Mirshekari, vice-governador da província, à agência de notícias Irna.
"Eles mataram oito membros da guarda de fronteira e fugiram para território paquistanês", acrescentou.
O ataque aconteceu apenas dois dias antes de o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, ter uma visita marcada ao Paquistão.
Tasnim Aslam, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Paquistão, condenou o ataque e disse que um grupo militante chamado Jaish al Adl assumiu a autoria, de acordo com a mídia estatal iraniana.
"É preciso que os dois países trabalhem juntos nessa questão para se manter a segurança nas áreas de fronteira", disse a porta-voz.
(Reportagem de Babak Dehghanpisheh; Reportagem adicional de Gul Yousufzai em Quetta, no Paquistão)