Por Alan Baldwin
LONDRES (Reuters) - À medida que Lewis Hamilton fica mais perto de igualar as conquistas do seu grande herói na Fórmula 1, Ayrton Senna, cresce em sua mente a sensação de irrealidade, de que se trata de um sonho louco.
No domingo, o britânico de 30 anos venceu o Grande Prêmio da Bélgica e igualou o recorde de 80 pódios do brasileiro, morto em um acidente em 1994.
Se o piloto da Mercedes mantiver seu ritmo atual --com 10 pole positions em 11 corridas e seis vitórias até agora neste ano-- ele vai se juntar a Senna e se tornar tricampeão mundial antes do fim da temporada.
"Sinto que é muito surreal", disse Hamilton, que agora lidera com 28 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, a oito corridas do fim do campeonato, a jornalistas britânicos depois de um fim de semana excepcionalmente ensolarado em Spa.
"Lembro-me de assistir às corridas quando eu tinha cinco anos, eu lembro da primeira vez dirigindo um kart e assistindo Ayrton e querendo um dia ser como ele. Eu sempre disse, enquanto corria de kart, que queria fazer algo parecido com o que ele fez."
"E pensar que estou lutando por meu terceiro campeonato mundial, o que ele conseguiu, e agora ter a mesma quantidade de pódios que ele... é quase como um sonho louco que eu vou finalmente acordar e descobrir que estou trabalhando no McDonalds ou como motorista de caminhão de lixo."
Hamilton rapidamente ressaltou que não há nada de errado com essas ocupações, destacando que seu pai manteve vários empregos para financiar o início de seu filho no kart, incluindo a colocação de placas de imobiliárias.
Senna tem o recorde de oito poles consecutivas numa temporada, e Hamilton tem agora seis na sequência. O britânico tem 48 na carreira e Senna obteve 65.