BEIRUTE (Reuters) - O líder do movimento libanês Hezbollah chamou a Organização das Nações Unidas (ONU) neste sábado como "fraca", depois da retirada de um relatório acusando Israel de impor "regime similar ao do apartheid" aos palestinos.
Uma oficial-sênior da ONU renunciou, na sexta-feira, depois que o secretário-geral pediu que ela removesse da internet o relatório, publicado pela Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental.
A sub-secretária-geral da ONU e secretária-executiva da comissão, Rima Khalaf, disse que estava saindo depois de "poderosos estados membro" pressionarem a entidade mundial e seus chefes com "ataques perversos e ameaças".
O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse em um discurso na televisão que o incidente serviu como um lembrete da "verdade sobre essa organização, que é fraca... e sucumbe à vontade dos Estados Unidos e de Israel".
A ONU é "incapaz de assumir uma posição" e o que aconteceu com o relatório provou que não se pode contar com ela para "defender direitos humanos em nossa região", disse.
Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da Organização pela Libertação da Palestina, também criticou a decisão e pediu que o relatório fosse reintegrado.