Por Tom Perry e Katya Golubkova
BEIRUTE/MOSCOU (Reuters) - O grupo xiita libanês Hezbollah declarou vitória na guerra da Síria e a Rússia disse que as forças do governo expulsaram os militantes da maior parte do país, onde o comando do presidente Bashar al-Assad parecia ameaçado dois anos atrás.
Os comentários de dois aliados do governo sírio são as maiores demonstrações de confiança já emitidas sobre a posição de Assad no conflito, embora partes significativas da nação continuem fora do controle estatal. A afirmativa russa de que o Exército reconquistou 85 por cento do território foi refutada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, segundo o qual o governo controla 48 por cento da Síria.
Nesta terça-feira o ministro da Defesa russo se encontrou com Assad em Damasco para debater esforços militares conjuntos e a luta contra o Estado Islâmico.
Os avanços mais recentes do governo retomaram partes do leste sírio do Estado Islâmico, que está sendo alvejado na mesma região por milícias curdas e árabes apoiadas pelos Estados Unidos.
O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, cujo grupo enviou milhares de combatentes à Síria, minimizou os combates ainda a serem disputados no país vizinho, que chamou de "batalhas esparsas".
"Vencemos a guerra (na Síria)", disse ele em comentários noticiados pelo jornal libanês Al-Akhbar.
Referindo-se aos opositores de Assad, Nasrallah disse que "o caminho do outro projeto fracassou e quer negociar para ter alguns ganhos". Seus comentários, feitos durante um encontro de cunho religioso, foram confirmados à Reuters por uma fonte a par de seu discurso.