NOVA YORK (Reuters) - Hillary Clinton, que até recentemente estava evitando os holofotes, depois de sua derrota nas eleições de novembro, fez uma aparição surpresa no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York, neste sábado, compondo um painel que discutia a caça ilegal de elefantes.
A discussão aconteceu depois da estreia do documentário de realidade virtual da vencedora do Oscar, Kathryn Bigelow, "The Protectors: Walk in the Ranger's Shoes".
O filme de oito minutos permite ao público experimentar como é trabalhar como guarda de parques tentando salvar elefantes na República Democrática do Congo.
"Temos que acabar com esse mercado", disse Clinton, sobre o mercado global de marfim.
A inesperada aparição pública no Dia da Terra foi uma de várias feita por Hillary recentemente, na sequência de um período de silêncio depois que a ex-candidata democrata à presidência perdeu a eleição de novembro para o presidente Donald Trump.
Clinton disse que começou a prestar atenção no "horrível massacre" de elefantes quando era secretária de Estado e posteriormente ajudou a lançar uma iniciativa anti-caça na organização sem fins lucrativos de sua família, a Iniciativa Global Clinton.
Mais de 30 mil elefantes são mortos por caçadores todos os anos na África.
Além de colocar populações vulneráveis de elefantes em risco, o tráfico também fornece apoio financeiro a grupos militantes extremistas, disse Clinton.
"Quando olhamos para isso, pensamos que há três objetivos prioritários: acabar com a matança, acabar com o tráfico e acabar com a demanda", disse.
A China é o maior mercado do mundo para o marfim ilegal, e os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, disse Clinton, exigindo que os americanos assumam a liderança na luta contra a caça de elefantes.
(Por Joseph Ax)