Por John Whitesides
WASHINGTON (Reuters) - Hillary Clinton encerrou formalmente a corrida presidencial democrata dos Estados Unidos com uma vitória na primária do distrito de Columbia, na terça-feira, e logo voltou sua atenção para a união do partido durante um encontro particular de 90 minutos com o rival derrotado Bernie Sanders.
Hillary, que conquistou delegados suficientes para garantir a indicação democrata na semana passada, se encontrou com Sanders em um hotel do centro de Washington, e os ex-adversários de uma disputa primária às vezes amarga procuraram um meio termo antes da eleição de 8 de novembro contra o provável candidato presidencial republicano, Donald Trump.
Sanders vem resistindo à pressão para se curvar e apoiar formalmente Hillary como forma de demonstrar união partidária, preferindo continuar em campanha para obter concessões da ex-primeira-dama em relação à sua pauta política e a reformas no processo de indicação do Partido Democrata.
As duas campanhas descreveram a conversa como "positiva", e disseram que os dois assinalaram seu compromisso em comum de deter Trump e de promover temas como aumentar o salário mínimo, eliminar as doações ocultas na política e tornar o ensino superior e os planos de saúde mais acessíveis.
O porta-voz de Sanders, Michael Briggs, disse que o encontro foi "uma discussão positiva sobre a melhor maneira de trazer mais pessoas para o processo político e sobre a ameaça perigosa que Donald Trump representa para nossa nação".
O senador de Vermont prometeu se manter na disputa democrata até o último voto das primárias, embora tenha parado de falar em conquistar a indicação de sua legenda na semana passada e se voltado a formas de levar adiante seus objetivos políticos.
Sanders agendou um discurso nacional em vídeo para seus apoiadores na noite de quinta-feira, dizendo-lhes em uma mensagem de e-mail que "a revolução política continua".
Hillary derrotou Sanders com folga no distrito de Columbia, conquistando 79 por cento dos votos diante dos 21 por cento de seu rival.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou seu apoio à sua ex-secretária de Estado na quinta-feira, horas depois de receber Sanders na Casa Branca.
(Reportagem adicional de Alana Wise, Amanda Becker e James Oliphant)