Por Maria Tsvetkova e Pavel Polityuk
MOSCOU/KIEV (Reuters) - Um proeminente comandante separatista russo foi assassinado no leste da Ucrânia na manhã de domingo, disseram seus aliados nesta segunda-feira, acusando forças do governo ucraniano de tê-lo morto para tentar desestabilizar um cessar-fogo já frágil.
Arseny Pavlov, cidadão da Rússia que atendia pelo nome de guerra "Motorola", foi explodido no elevador de seu edifício de apartamentos de Donetsk junto com seu guarda-costas, de acordo com Eduard Basurin, vice-ministro da Defesa do governo da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Donetsk é a maior cidade da região ucraniana de Donbass, que militantes pró-Rússia tomaram em 2014 e onde confrontos e bombardeios diários põem em xeque um acordo de cessar-fogo precário firmado em 2015.
"A bomba foi colocada acima da cabine do elevador. A explosão se concentrou dentro da cabine", disse Basurin à Reuters.
Quatro homens mascarados e armados assumiram a responsabilidade pelas mortes em um vídeo publicado na internet. Os homens, que aparecem ao lado de uma bandeira pertencente a um grupo neonazista pró-ucraniano, disseram que seu próximo alvo é Igor Plotnitsky, líder da autoproclamada República Popular de Luhansk, assim como Alexander Zakharchenko, primeiro-ministro da República Popular de Donetsk.
Zakharchenko disse que o assassinato equivale a uma declaração de guerra da Ucrânia e prometeu vingança.