Por Marco Garcia e Mike Blake
MAALAEA, Havaí (Reuters) - Autoridades havaianas ainda estavam tentando determinar nesta sexta-feira o que causou um incêndio florestal que varreu Lahaina, na ilha de Maui, com uma velocidade assustadora, matando pelo menos 67 pessoas e dizimando a histórica cidade turística com pouco aviso aos residentes.
A expectativa é que o número de mortos aumente à medida que as equipes de busca vasculham as ruínas carbonizadas da cidade com a ajuda de cães farejadores, depois que o incêndio queimou 1.000 edificações e deixou milhares de desabrigados no que as autoridades dizem ser o pior desastre natural da história do Estado.
Três dias após o desastre, não ficou claro se alguns moradores receberam algum aviso antes que o fogo consumisse suas casas.
A ilha tem sirenes de emergência destinadas a alertar sobre desastres naturais e outras ameaças, mas não parecem ter soado durante o incêndio.
As autoridades não ofereceram uma imagem detalhada de quais notificações foram enviadas e se foram feitas por mensagem de texto, e-mail ou telefonemas.
O chefe dos bombeiros do condado de Maui, Bradford Ventura, disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira que a velocidade do incêndio tornou "quase impossível" para os socorristas da linha de frente se comunicarem com os funcionários de gerenciamento de emergência, que normalmente forneceriam ordens de desocupação em tempo real. Ele também observou que o serviço de celular foi interrompido.
“Eles estavam basicamente desocupando sem aviso prévio”, disse ele, referindo-se aos moradores da área onde o fogo começou.
O prefeito do condado, Richard Bissen, disse ao programa "Today" da NBC nesta sexta-feira que não sabia se as sirenes dispararam, mas disse que o fogo se moveu extraordinariamente rápido.
"Acho que esta foi uma situação impossível", disse ele.
(Reportagem de Marco Garcia e Mike Blake; Reportagem adicional de Brendan O'Brien, Jonathan Allen, Rich McKay, Andrew Hay, Daniel Trotta e Doyinsola Oladipo)