LOS ANGELES (Reuters) - A banda de rock californiana Linkin Park disse nesta segunda-feira que o suicídio do vocalista Chester Bennington deixou os músicos inconsoláveis, mas lembrou que foram os demônios de Bennington que fizeram os fãs se apaixonarem pela banda.
No primeiro comunicado desde a morte do cantor em sua casa do sul da Califórnia na semana passada, os membros remanescentes do Linkin Park disseram não saber "que caminho nosso futuro pode tomar".
Na sexta-feira o grupo de rock alternativo cancelou sua turnê norte-americana, que deveria começar em 27 de julho.
Bennington, de 41 anos, tinha um histórico de abuso de álcool e drogas e de depressão e em certas ocasiões falou abertamente sobre sua luta interna quando o Linkin Park conquistou a fama em 2000 com seu disco de estreia, "Hybrid Theory".
"Querido Chester, nossos corações estão partidos", disse a banda em um comunicado.
"Sua ausência deixa um vácuo que jamais pode ser preenchido – uma voz impetuosa, divertida, ambiciosa, criativa, bondosa e generosa desapareceu do ambiente. Estamos tentando nos lembrar que os demônios que o tiraram de nós sempre foram parte do acordo. Afinal de contas, foi a maneira como você cantou sobre esses demônios que fez todos se apaixonarem por você em primeiro lugar. Você os exibiu destemidamente, e ao fazê-lo nos aproximou e nos ensinou a ser mais humanos", acrescentou o comunicado.
Bennington, que foi casado duas vezes, deixa seis filhos. A banda disse que eles, a esposa do cantor, Talinda, e sua família agradecem o carinho e o apoio demonstrado pelos fãs e outros músicos em reação à sua morte.
Ele foi o segundo astro de rock norte-americano a se suicidar nos últimos dois meses. Chris Cornell, vocalista de 52 anos do Soundgarden e do Audioslave e amigo próximo de Bennington, se enforcou em um quarto de hotel de Detroit em maio.
(Reportagem de Jill Serjeant)