RIO DE JANEIRO (Reuters) - Entradas para alguns dos eventos mais procurados de uma Olimpíada, como as cerimônias de abertura e encerramento, a final dos 100 metros rasos e as decisões do basquete e do futebol, voltarão a estar à disposição do público para os Jogos do Rio de Janeiro a partir da próxima semana, quando começa a próxima fase de vendas de ingressos para o evento de 2016.
Aproximadamente 4 mil dos cerca de 2 milhões de ingressos vendidos no país até o momento foram devolvidos ao comitê por desistência dos compradores, e incluem entradas para alguns dos eventos mais procurados. Esses tíquetes serão revendidos agora a partir da próxima semana junto com outros bilhetes que não foram solicitados nas primeiras etapas de venda por sorteio.
O Comitê Rio 2016 também vai liberar alguns ingressos que estavam em reserva de contingência, ou seja, bilhetes que não foram colocados à venda até o momento até que fossem definidas as obras das arenas esportivas.
"Há casos de devolução efetiva de ingresso, alguém que exagerou na compra ou comprou muitos ingressos para mesmos horários. Tem até caso de gente que terminou o namoro ou o casamento e não vai querer mais", disse à Reuters o responsável pela área de ingressos do Comitê Rio 2016, Donovan Ferreti, nesta sexta-feira.
A partir de 20 de outubro os interessados nesses ingressos poderão fazer a compra diretamente no site dos Jogos Olímpicos. Ao todo estarão disponíveis mais de 2 milhões de ingressos de 518 sessões esportivas de praticamente todas as modalidades. Segundo o comitê, cerca de metade dos ingressos que estarão disponíveis custará menos de 100 reais.
Cerca de 4 milhões de ingressos de um total de 7,5 milhões foram vendidos até o momento para os Jogos Olímpicos de 2016, segundo o comitê, tanto dentro do Brasil como para moradores de fora do país.
Ferreti descartou que torcedores tenham devolvido ingressos devido a problemas financeiros decorrentes da crise econômica no Brasil.
"Se você imaginar que vendemos mais de 2 milhões de ingressos e retornaram apenas 4 mil, esse é um volume muito pequeno. Não tem nada a ver com a crise", afirmou. "Pela cultura de compra de ingressos para eventos no Brasil, estamos bem felizes", disse Ferreti, lembrando que o país tem tradição de comprar entradas em cima da hora.
(Por Rodrigo Viga Gaier)