Por Alexander Cornwell
DUBAI (Reuters) - A polícia internacional Interpol elegeu o sul-coreano Kim Jong-yang como presidente nesta quarta-feira, rejeitando um russo cuja candidatura causou preocupações na Europa e nos Estados Unidos com o risco de interferência do Kremlin.
Reunidos em Dubai para congresso anual, os 194 Estados membros da Interpol escolheram Kim como sucessor do chinês Meng Hongwei, que desapareceu em setembro e depois renunciou ao cargo após autoridades da China dizerem que ele está sendo investigado por suspeita de suborno.
A Interpol disse em publicação no Twitter que Kim, que vinha atuando como presidente interino, terá mandato de dois anos. A presidência da entidade, cargo amplamente simbólico, normalmente é ocupada por quatro anos.
A Interpol disse ainda que o argentino Nestor R. Roncaglia cumprirá um mandato de três anos como vice-presidente para as Américas.
"Nosso mundo está enfrentando hoje mudanças sem precedentes que apresentam desafios enormes a proteção e segurança públicas", disse Kim à assembleia geral da Interpol em Dubai, segundo o Twitter (NYSE:TWTR) da agência.
A candidatura do russo Alexander Prokopchuk, general de polícia e um dos quatro vice-presidentes da Interpol, fez a Europa e os Estados Unidos recearem a possibilidade da Rússia explorar o poder da Interpol.
Moscou disse que clara pressão externa foi exercida sobre a votação, mas que não identificou nenhum fator que tornaria a eleição ilegítima.