KARACHI, Paquistão (Reuters) - Chuvas de monções históricas e inundações no Paquistão afetaram mais de 30 milhões de pessoas nas últimas semanas, disse a ministra das Mudanças Climáticas do país nesta quinta-feira, chamando a situação de "desastre humanitário de proporções épicas induzido pelo clima".
O Paquistão pediu à comunidade internacional que ajude nos esforços de socorro, enquanto luta para lidar com as consequências das chuvas torrenciais que provocaram inundações enormes desde o mês passado, matando mais de 900 pessoas.
"Mais de 33 milhões foram afetados, de diferentes maneiras; o número final de sem-tetos está sendo avaliado", disse a ministra das Mudanças Climáticas, Sherry Rehman, à Reuters, em uma mensagem de texto.
Ela acrescentou que a província de Sindh, no sul, a mais atingida nos últimos dias, solicitou 1 milhão de barracas para as pessoas afetadas.
O ministro do Planejamento e Desenvolvimento, Ahsan Iqbal, disse separadamente à Reuters que 30 milhões de pessoas foram afetadas, um número que representa cerca de 15% da população do país do sul da Ásia.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) disse em uma atualização, nesta quinta-feira, que as chuvas de monção afetaram cerca de 3 milhões de pessoas no Paquistão, das quais 184 mil foram deslocadas para campos de ajuda humanitária em todo o país.
Os esforços de financiamento e reconstrução serão um desafio para um Paquistão sem dinheiro, que está tendo que cortar gastos para garantir que o Fundo Monetário Internacional aprove a liberação do tão necessário dinheiro do resgate.
(Reportagem de Syed Raza Hassan, em Karachi, Asif Shahzad, em Islamabad, e Reuters TV, em Hyderabad)