Por Tom Westbrook e Rozanna Latiff
SYDNEY/KUALA LUMPUR (Reuters) - Os investigadores que procuram o voo MH370, da Malaysia Airlines, recomendaram que se amplie a busca em 25 mil quilômetros quadrados em uma área mais ao norte do oceano Índico, depois de admitirem pela primeira vez que provavelmente estavam vasculhando o lugar errado.
O voo MH370 desapareceu em março de 2014 com 239 passageiros e tripulantes a bordo, na maioria chineses, quando voava da capital da Malásia, Kuala Lumpur, para Pequim. O paradeiro do avião se tornou um dos maiores mistérios da aviação mundial.
O Escritório de Segurança dos Transportes da Austrália, que coordena a busca, emitiu um relatório no início desta terça-feira no qual diz que novos indícios de modelos de deriva oceânica e análises de comunicações de satélite com a aeronave e destroços encontrados em praias ajudaram a determinar a nova área.
Mas o governo da Austrália, um dos três países envolvidos na investigação, rejeitou a recomendação, citando uma falta de "indícios críveis" para ampliar a busca, não deixando claro se as equipes de busca de China e Malásia irão financiar uma pesquisa prolongada.
"O relatório não fornece uma localização específica para a aeronave desaparecida, e precisamos de indícios críveis que identifiquem a localização específica da aeronave para ampliar a busca", disse a porta-voz do ministro de Infraestrutura e Transporte australiano, Darren Chester, à Reuters por telefone.
O ministro dos Transportes malaio, Liow Tiong Lai, disse que ainda não se sabe como o relatório dos investigadores irá ajudar a identificar a localização específica do avião, e não falou a respeito do financiamento.