ANCARA (Reuters) - Centenas de iranianos participaram de protestos por todo o país nesta sexta-feira para condenar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel nesta semana, relatou a TV estatal.
Líderes do Irã, onde a oposição a Israel e apoio à causa palestina tem sido central para a política externa desde a revolução islâmica de 1979, denunciaram a decisão de Trump, incluindo seu plano de transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém.
A TV estatal transmitiu imagens de manifestantes entoando "morte à América" e "morte a Israel", segurando bandeiras palestinas e cartazes com os dizeres: "Quds pertence aos muçulmanos", usando o nome árabe para a cidade. Em diversos locais, manifestantes queimaram imagens de Trump, relatou a mídia iraniana.
O Irã considera que a Palestina compreende toda a Terra Santa, incluindo o Estado judeu, que não reconhece. Teerã tem pedido repetidamente pela destruição de Israel e apoiado diversos grupos militantes islâmicos em sua luta contra o país.
A oposição à decisão de Trump uniu facções iranianas pragmáticas e de linha-dura, com o presidente pragmático, Hassan Rouhani, e comandantes da Guarda Revolucionária do Irã convocando iranianos a participar de manifestações nacionais do "dia de raiva".
Alguns manifestantes queimaram imagens de Trump e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enquanto entoavam "morte ao demônio".