BRUXELAS (Reuters) - A associação europeia de aço Eurofer criticou nesta quinta-feira as medidas da Comissão Europeia para combater o dumping de laminados a quente do Brasil, Irã, Rússia e Ucrânia.
A Comissão, que supervisiona a política comercial nos 28 membros da União Europeia, definiu planos para impor tarifas compensatórias de até 33 por cento na importação dos quatro países desse tipo de produto siderúrgico, usado em construções e maquinário.
Mas também propôs que os direitos não se apliquem se o produto for vendido pelo preço mínimo fixado em 472,27 euros (549,25 dólares) por tonelada. Se vendido por menos do que isso, as tarifas seriam aplicadas, tendo o preço mínimo como limite.
A Comissão afirmou que a sua proposta refletiu um aumento dos preços desde o período da investigação - 12 meses até meados de 2016 - e que o preço mínimo equilibra os interesses dos produtores da UE e dos consumidores de aço.
A Eurofer disse que a proposta estabelece "um precedente inviável" que permitiria continuidade do dumping e promoveria o excesso de capacidade nos países exportadores.
O grupo disse que o preço estava significativamente abaixo do nível médio, com preços recentes mais altos devido a matérias-primas mais caras, não maiores margens, e que um único preço mínimo não era adequado para o aço laminado a quente.
As importações chinesas da mesma classe de aço já estão sujeitas a tarifas compensatórias de até 35,9 por cento, sem preço mínimo.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)