ANCARA (Reuters) - O Irã continuará a desenvolver o programa de mísseis e não deve ser considerado uma ameaça a seus vizinhos e a países amigáveis, teria dito o chefe do Exército nesta quinta-feira, segundo a agência de notícias semi-oficial Fars.
Conforme o acordo firmado entre o Irã e o chamado P5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) em 2015, a maioria das sanções internacionais impostas a Teerã devido a seu programa nuclear foram suspensas no mês passado. Entretanto, as punições ao seu programa de mísseis não foram anuladas.
De acordo com uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de 20 de julho que endossa o acordo, o Irã ainda é "conclamado" a evitar atividades com mísseis balísticos concebidos para comportar armas nucleares por até oito anos.
Em outubro, o país persa desrespeitou uma proibição da ONU ao testar um míssil balístico teleguiado de alta precisão, levando os EUA a ameaçarem novas sanções. Em dezembro, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, ordenou que o programa de mísseis de sua nação seja expandido.
"A tecnologia de mísseis do Irã e seu programa de mísseis se fortalecerão. Não prestamos atenção e não implementamos resoluções contra o Irã, e isto não é uma violação do acordo nuclear", teria afirmado o comandante-em-chefe, Ataollah Salehi, segundo a Fars.
(Por Parisa Hafezi)