JERUSALÉM (Reuters) - O governo de Israel concedeu autorização prévia para a construção de 243 novas casas em terras da Cisjordânia anexadas pelos israelenses a Jerusalém, e avançou com os planos para outras 270 residências na mesma área, informaram autoridades nesta quinta-feira.
Tais medidas contrariam os pedidos dos Estados Unidos e de outras potências mundiais para que Israel congele as construções de novas casas em assentamentos.
A terra em questão foi capturada por Israel em uma guerra em 1967 e anexada a Jerusalém, num movimento que não foi reconhecido pela comunidade internacional. Os palestinos, que buscam formar um Estado em território ocupado por Israel, querem essa terra como parte de um futuro país.
O comitê de planejamento municipal de Jerusalém autorizou a construção de 243 novas unidades habitacionais em Ramot, disse uma porta-voz do município. O órgão também aprovou mudanças em planos pré-existentes para 270 casas lá e em Har Homa. Israel chama os dois assentamentos de "bairros" de Jerusalém.
Os palestinos querem estabelecer um Estado em Jerusalém Oriental, Cisjordânia ocupada e Faixa de Gaza, territórios que foram tomados por Israel na Guerra de 1967 no Oriente Médio.
Israel cita laços bíblicos para afirmar que os judeus têm o direito de morar em qualquer lugar de Jerusalém, inclusive na parte leste que foi anexada como parte de sua capital "indivisível".
As negociações de paz entre Israel e os palestinos, mediadas pelos Estados Unidos, foram rompidas em abril.
(Por Dan William)
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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