NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Israel acusou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira de conceder "status de organização não-governamental da ONU" a uma associação ligada ao grupo militante palestino Hamas que, segundo o país, promove "propaganda anti-Israel na Europa".
A missão de Israel na ONU emitiu um comunicado condenando a decisão, tomada pelos 19 membros do Comitê de Organizações Não-Governamentais da ONU, de aprovar a petição do Centro de Retorno Palestino (PRC), uma organização baseada na Grã-Bretanha.
A nota informa que em 2010 Israel baniu a PRC por causa de seus laços com o Hamas, rotulando-a de "organização e ala de coordenação do Hamas na Europa", com membros que incluem altos representantes do Hamas.
"Até hoje, a ONU tem dado descontos ao Hamas e deixando que fortaleça suas atividades", disse o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, no comunicado. "Agora, a ONU deu um passo além, e deu uma festa de boas-vindas ao Hamas na sua entrada principal, permitindo que ele seja um participante completo."
"De acordo com esse esquema, um dia poderemos encontrar o Hezbollah sentado no Conselho de Segurança e o Isis (Estado Islâmico) na votação do Conselho de Direitos Humanos", acrescentou.
A nota de Israel disse que 12 países votaram a favor, incluindo Irã, Paquistão, Sudão, Turquia, Venezuela, China e Cuba, e três votaram contra: Estados Unidos, Uruguai e Israel. Índia, Rússia e Grécia abstiveram-se, e Burundi estava ausente.