Por Nidal al-Mughrabi e Dan Williams
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israelenses e palestinos concordaram com uma trégua em Gaza a partir de domingo à noite, mediada pelo Cairo, disseram fontes, depois que ataques de Israel contra alvos palestinos no fim de semana desencadearam disparos de foguetes de longo alcance contra suas cidades.
Uma fonte de segurança egípcia disse que Israel concordou com a proposta, enquanto uma autoridade palestina familiarizada com os esforços egípcios disse que o cessar-fogo entraria em vigor às 20:00, no horário local (14:00 no horário de Brasília).
Porta-vozes de Israel e da Jihad Islâmica, a facção que luta em Gaza desde que os confrontos eclodiram na sexta-feira, não confirmaram a informação, dizendo apenas que estavam em contato com o Cairo.
As ações, lembrando prelúdios de guerras anteriores em Gaza, preocuparam as potências mundiais. No entanto, têm sido relativamente contidas, já que o Hamas, o grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza e força mais poderosa do que a Jihad Islâmica que é apoiada pelo Irã, até agora ficou de fora.
Autoridades de Gaza disseram que 31 palestinos, pelo menos um terço deles civis, foram mortos até agora. Os foguetes paralisaram grande parte do sul de Israel e enviaram moradores de cidades como Tel Aviv e Ashkelon para abrigos.
Na manhã deste domingo, a Jihad Islâmica disparou em direção a Jerusalém, no que descreveu como retaliação pelo assassinato durante a noite de seu comandante no sul de Gaza por Israel - o segundo oficial sênior que perdeu nos combates.
"O sangue dos mártires não será desperdiçado", disse a Jihad Islâmica em um comunicado.
O ataque veio quando os judeus religiosos estavam jejuando em uma comemoração anual de dois templos de Jerusalém destruídos na antiguidade. Israel disse que seu interceptador Iron Dome derrubou os foguetes a oeste da cidade.
(Reportagem adicional de Ali Sawafta e Ahmed Mohamed Hassan no Cairo)