Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, exigiu nesta segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU "exerça o máximo de pressão possível" sobre militantes palestinos do Hamas para que libertem as pessoas feitas de reféns durante o ataque de 7 de outubro contra Israel.
Katz falou ao conselho de 15 membros, reunido para discutir um relatório da ONU que concluiu haver "motivos razoáveis para acreditar" que houve violência sexual, incluindo estupro e estupro coletivo, em vários locais durante o ataque do Hamas em 7 de outubro.
"Estamos pedindo que vocês condenem os crimes de violência sexual que esses bárbaros cometeram em nome da religião muçulmana", disse Katz ao Conselho de Segurança, também pedindo que o órgão "exerça o máximo de pressão possível sobre a organização do Hamas para que ela liberte imediata e incondicionalmente todos os reféns sequestrados".
O ministro pediu que sejam impostas sanções ao Hamas, acusando o grupo de crimes "piores do que os atos de terror executados por al-Qaeda, Estado Islâmico e outras organizações terroristas" que foram alvos do Conselho de Segurança.
O Conselho de Segurança pediu a libertação imediata e incondicional de todos os reféns em resoluções em novembro e dezembro e considera, atualmente, uma resolução redigida pelos Estados Unidos que inclui uma condenação ao ataque do Hamas em 7 de outubro, "assim como a tomada e morte de reféns, assassinato de civis e violência sexual, incluindo estupro".
O Hamas matou 1.200 pessoas e tomou 253 reféns em 7 de outubro, segundo cálculos israelenses. Israel retaliou com uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que matou mais de 31.000 pessoas, segundo as autoridades sanitárias de Gaza.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, acusou Israel no Conselho de Segurança de buscar o "deslocamento forçado de nosso povo ao tornar Gaza inabitável".
(Reportagem de Michelle Nichols)