JERUSALÉM (Reuters) - A polícia israelense deteve um líder militante palestino nesta segunda-feira para interrogatório a respeito de sua viagem para Jerusalém, disse uma porta-voz da polícia, um dia após ele ter sido libertado da prisão num acordo para encerrar uma greve de fome que já durava quase dois meses.
Khader Adnan, da facção Jihad Islâmica, foi levado sob custódia perto da mesquita de al-Aqsa na Cidade Velha, no leste de Jerusalém, região anexada por Israel como parte de sua capital --uma medida não reconhecida internacionalmente-- e onde os palestinos buscam independência.
Uma porta-voz da polícia disse que ele foi detido por não ter permissão de entrada e afirmou que ele será deportado para a Cisjodânia ocupada, onde vive.
"Ele está sendo interrogado e, quando isso for concluído, será transferido para o território (palestino)", disse ela.
No domingo, Adnan foi libertado de uma prisão israelense após uma greve de fome de 56 dias em protesto por estar detido sem julgamento, sob a chamada "detenção administrativa", um método que, segundo Israel, é empregado como medida de segurança para evitar atos de violência.
Israel prendeu Adnan, de 37 anos, em julho do ano passado pela décima vez. Ambos os lados temiam que sua morte por fome prejudicaria a trégua em Gaza e ocasionaria mais violência.