JERUSALÉM (Reuters) - O governo de Israel permitiu que algumas empresas reabrissem no domingo e informou que está considerando a volta das escolas como parte dos esforços para flexibilizar as restrições impostas por causa do coronavírus e ajudar a economia do país.
Após semanas fechadas, lojas com acesso à rua reabriram, apesar de shoppings e mercados permanecerem fechados para evitar grandes aglomerações. Os restaurantes foram autorizados a oferecer comida para viagem, além dos serviços de entrega já em operação.
No popular mercado Mahane Yehuda, em Jerusalém, vendedores furiosos usando máscaras fizeram protesto para exigir que suas barracas fossem reabertas. Eles bateram colheres de metal e brigaram com a polícia. Nenhuma prisão foi informada.
"Não faz sentido abrir lojas ou locais que vendem comida aqui na esquina do mercado Mahane Yehuda enquanto esse mercado permanece fechado", disse Tali Friedman, que chefia o comitê de vendedores.
Israel, que tem uma população de cerca de 9 milhões, teve 15.398 casos de coronavírus e 199 mortes. Com cerca de 100 pacientes com Covid-19 em ventiladores e mais 2.000 leitos hospitalares disponíveis, as autoridades veem uma oportunidade de revisar a política da pandemia.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu iniciará discussões na segunda-feira sobre a reabertura gradual das escolas, segundo comunicado de seu gabinete.
O Ministério da Educação propôs que, se o ano letivo recomeçar, deve prosseguir durante as férias para compensar o tempo perdido.
Com o desemprego atingindo 27% na semana passada, o governo também aprovou subsídios para pequenas empresas e outros estímulos de emergência no domingo.
Autoridades descreveram o afrouxamento das restrições como reversível, caso ocorram novos contágios. Em um sinal de afastamento das restrições em todo o país, Israel impôs isolamento no domingo em partes de duas cidades com surtos locais do vírus.
"Se formos diligentes em relação a três regras - máscaras, distanciamento social e higiene - acredito que conseguiremos combinar a vida rotineira com a prevenção da propagação da doença. Não sejam indolentes", disse o diretor-geral do Ministério da Saúde, Moshe Bar Siman Tov, no Twitter.
Autoridades palestinas relataram 342 casos de coronavírus e duas mortes na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza.
(Reportagem adicional de Maayan Lubell)