Por Maayan Lubell e Ari Rabinovitch
JERUSALÉM (Reuters) - O governo israelense disse nesta terça-feira que havia abandonado um plano de deportar à força migrantes africanos que entraram ilegalmente no país após não conseguirem encontrar um país que estivesse disposto a recebê-los.
O governo estava trabalhando há meses em um arranjo para expulsar centenas de homens, em maioria eritreios e sudaneses, que entraram em Israel por meio do deserto do Sinai, no Egito.
"Neste ponto, a possibilidade de realizar uma deportação compulsória para um outro país não está na agenda", escreveu o governo em resposta à Suprema Corte de Israel, que estava examinando o caso.
Os migrantes poderão renovar novamente os vistos de residência a cada 60 dias, como podiam fazer antes do esforço de deportação, disse o governo.
Os migrantes e grupos de direitos humanos dizem que estão buscando asilo e fugindo de guerra e perseguição. O governo diz que eles estão a procura de emprego e que possui todo o direito de proteger suas fronteiras.
Apesar do recuo desta terça-feira, o governo disse que autoridades imigratórias ainda tentariam deportar migrantes voluntariamente, atraindo críticas do grupo de direitos humanos Anistia Internacional.