Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Israel sinalizou neste domingo que manterá os ataques militares em sua fronteira com a Síria para impedir qualquer invasão de forças aliadas do Irã, mesmo após uma tentativa de cessar-fogo proposta por Estados Unidos e Rússia.
O presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, reiteraram no sábado os esforços conjuntos para estabilizar a Síria, conforme a guerra civil perde força, inclusive com a expansão da trégua de 7 de julho na divisa com Israel e Jordânia.
Um representante do Departamento de Estado dos EUA informou que a Rússia concordou em "trabalhar com o regime sírio para remover as forças apoiadas pelo Irã a uma distância definida" da fronteira das Colinas de Golã com Israel.
Moscou não forneceu detalhes sobre o acordo.
Israel vem tentando persuadir potências globais a negar ao Irã, ao Hezbollah e outras milícias xiitas quaisquer bases permanentes na Síria, mantendo-os longe das Colinas de Golã, enquanto ganham terreno ao ajudar Damasco a combater rebeldes liderados por sunitas.
Em declarações neste domingo na abertura do encontro semanal do gabinete, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não falou sobre o novo acordo entre Rússia e EUA para a Síria.