TEL AVIV (Reuters) - A polícia de Israel processou centenas de cidadãos de etnia etiópia e atirou granadas, no sábado, para tentar aliviar um dos mais violentos protestos que já aconteceram no coração de Tel Aviv.
Os manifestantes, judeus israelenses de origem da Etiópia, estavam protestando contra o que eles consideram racismo e brutalidade da polícia, após a divulgação, semana passada, de um vídeo mostrando um policial agredindo um soldado negro.
Eles capotaram um carro da polícia e atiraram garrafas e pedras nos oficiais em um conflito na praça Rabin, coração da capital comercial de Israel. Pelo menos 20 policiais foram feridos e vários manifestantes foram presos, disse a polícia.
A emissora de televisão israelense Channel 2 disse que gás lacrimogêneo também foi usado, o que a polícia não quis confirmar.
"Eu já estou cheio desse comportamento da polícia, eu simplesmente não confio mais neles. Quando vejo um policial, eu cuspo no chão", disse ao Channel 2 uma manifestante não identificada.
Mais cedo, manifestantes pararam o tráfego durante a hora do rush por mais de uma hora ao bloquearem uma das principais avenidas da cidade.
Não havia sinais de manifestantes se dispersando e alguns organizadores disseram à mídia israelense que setores da multidão incitaram a violência.