TÓQUIO (Reuters) - O Japão anunciou nesta quinta-feira que está trabalhando para extraditar rapidamente dois homens presos nos Estados Unidos sob a acusação de ajudar na dramática fuga do ex-chefe da Nissan Motor Carlos Ghosn.
As autoridades norte-americanas prenderam um ex-soldado das Forças Especiais do Exército dos EUA e outro homem na quarta-feira por acusações relacionadas à fuga de Ghosn, que aguardava julgamento por acusações de má conduta financeira.
"Estamos fazendo os preparativos, inclusive trabalhando para cooperar em uma rápida extradição", disse Yoshihide Suga, chefe do gabinete, a repórteres.
O advogado japonês Junichiro Hironaka, que havia defendido Ghosn até sua fuga, disse em entrevista por telefone que a questão principal era se havia evidências suficientes para justificar a extradição, e afirmou que acompanhará de perto os acontecimentos.
O ex-boina verde dos EUA Michael Taylor, 59, e seu filho, Peter Taylor, 27, foram presos depois que a polícia dos EUA soube que o último havia reservado um voo de Boston para Beirute que partiria na quarta-feira com uma escala em Londres, segundo documentos.
A Nissan tomou nota do processo de extradição e se reservou o direito de tomar outras medidas legais contra Ghosn, informou a empresa em comunicado por e-mail.
A empresa entrou com uma ação civil no Japão este ano, pedindo 10 bilhões de ienes (93 milhões de dólares) em indenizações de seu ex-chefe por suposta má conduta.
(Por Naomi Tajitsu)
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))
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