DIYARBAKIR, Turquia (Reuters) - Aviões de guerra da Turquia bombardearam alvos de insurgentes curdos de domingo para segunda-feira, depois que os militantes realizaram o que pareceu ser seu ataque mais mortífero desde o fracasso de um cessar-fogo em julho e mataram 16 soldados do governo.
Os militares disseram que seus aviões alvejaram 23 alvos curdos em uma área montanhosa próxima da fronteira com o Iraque nesta segunda-feira. O comunicado do Exército também informou que outros seis soldados ficaram feridos, mas nenhum em estado grave.
Os confrontos, ocorridos semanas antes de eleições nas quais o governista Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) espera recuperar sua maioria, ameaçam acabar com um processo de paz que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, lançou em 2012 na tentativa de pôr fim a uma insurgência que já matou mais de 40 mil pessoas.
Rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) disseram ter matado 31 membros das Forças Armadas em um ataque a um comboio e em confrontos no domingo na região montanhosa de Daglica, na província de Hakkari, próxima da divisa iraquiana. A declaração do Exército afirmou que 16 morreram, o que representaria o maior saldo de mortes de militares em um único atentado em anos.
O PKK é considerado uma organização terrorista por Turquia, Europa e Estados Unidos.