(Reuters) - Uma jornalista russa que trabalhava para um grande grupo de mídia apoiado pelo Kremlin morreu nesta sexta-feira em um acidente com tiros em um campo de treinamento militar na Crimeia, disseram autoridades nomeadas pela Rússia e meios de comunicação estatais.
Svetlana Babayeva era chefe do escritório do grupo de mídia Rossiya Segodnya em Simferopol, a segunda maior cidade da península da Crimeia, que a Rússia anexou da Ucrânia em 2014.
A agência de notícias RIA Novosti, uma subsidiária da Rossiya Segodnya, informou que Babayeva foi morta por uma bala perdida durante um treinamento de tiro. A agência não forneceu mais detalhes.
Figuras pró-Kremlin prestaram homenagem a Babayeva em postagens nas redes sociais. Sergei Aksyonov, o governador russo da Crimeia, chamou sua morte de uma perda irrevogável.
"Svetlana fez muito para transmitir ao público a verdade sobre o que está acontecendo na região de Kherson", disse Vladimir Saldo, chefe da região de Kherson, no sul da Ucrânia, apoiado pela Rússia.
A Rússia anexou Kherson e três outras regiões com referendos que organizou, que foram criticados como fraude e votos ilegais por Kiev e pelo Ocidente.
A Ucrânia sancionou o grupo Rossiya Segodnya, chamando o CEO Dmitry Kiselyov de "a figura central da propaganda do governo que apoia o envio de tropas russas na Ucrânia".
Em um comunicado publicado pela RIA Novosti, Kiselyov disse que Babayeva era uma "pessoa calorosa, que apoiava fortemente a Rússia" e "queria apoiar nossos heróis".
Babayeva já foi chefe do escritório da RIA Novosti no Reino Unido e nos Estados Unidos e editora do site Gazeta.Ru, disse a agência.
(Reportagem da Reuters)