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Judiciário da Venezuela bloqueia outra tática da oposição para destituir Maduro

Publicado 25.04.2016, 19:46
© Reuters. Líder da oposição venezuelana e governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles,  segura um exemplar da Constituição do país enquanto fala com jornalistas em Caracas

CARACAS (Reuters) - A Suprema Corte da Venezuela derrubou nesta segunda-feira uma das principais táticas da oposição para destituir o líder socialista Nicolás Maduro, ao decidir que qualquer emenda constitucional para reduzir o mandato presidencial não pode ser retroativa.

Tendo conquistado o controle do Legislativo no ano passado devido à ira popular com a crise econômica, a coalizão de oposição está tentando remover Maduro via pressão popular, reforma constitucional ou um referendo revogatório.

No entanto, instituições que tendem para o lado do governo estão impedindo qualquer movimento: o Conselho Nacional Eleitoral está segurando o referendo e a Suprema Corte está derrubando medidas aprovadas pela oposição no Parlamento.

Na sua última decisão, a corte disse que a princípio é viável uma mudança no mandato presidencial de seis anos se aprovada em referendo, mas a alteração "não pode entrar em vigor de forma retroativa ou ser empregada imediatamente”.

A decisão, que se dá mesmo antes do Parlamento ter proposto formalmente a emenda, alimenta a frustração da oposição com as táticas do governo e acusações de que as instituições são controladas por Maduro.

O ex-motorista de ônibus de 53 anos, que foi durante muito tempo ministro do Exterior, venceu as eleições de 2013 com pequena margem para substituir o seu mentor, Hugo Chávez, mas a sua popularidade tem despencado em meio à recessão.

Líderes opositores convocaram para quarta-feira uma passeata até o conselho eleitoral para demandar a papelada necessária para a coleta de quase quatro milhões de assinaturas exigidas para a realização de um referendo revogatório.

A Constituição venezuelana permite que autoridades passem por tal referendo depois da metade do seu mandato.

Se Maduro perder o referendo e deixar o cargo neste ano, teria que haver uma nova eleição, abrindo o caminho para a oposição. Se ele sair nos últimos dois anos do seu mandato, o vice-presidente, atualmente Aristóbulo Istúriz, do Partido Socialista, assumiria o poder.

© Reuters. Líder da oposição venezuelana e governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles,  segura um exemplar da Constituição do país enquanto fala com jornalistas em Caracas

"O referendo revogatório tem que ser neste ano. Se não for neste ano, não tem sentido”, disse o opositor Henrique Capriles, que perdeu por pouco para Maduro em 2013, apresentando os planos para a manifestação de quarta-feira.

"É incrível que com tantos problemas neste país, nós temos que fazer uma passeata para pegar um formulário. Temos pedido por dois meses.”

(Reportagem de Eyanir Chinea e Corina Pons)

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