CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Um juiz mexicano decidiu que há provas suficientes para ouvir as acusações contra o ex-procurador-geral do país Jesus Murillo, em relação ao seu suposto papel no desaparecimento de 43 estudantes em 2014, e na investigação subsequente, disseram autoridades judiciais nesta quarta-feira.
Murillo, preso na sexta-feira na primeira detenção de alto nível de um funcionário por envolvimento no caso, é acusado de tortura, desaparecimento forçado e obstrução de justiça.
Murillo supervisionou o inquérito altamente criticado sobre o incidente em que 43 estudantes da Faculdade de Professores Rurais de Ayotzinapa desapareceram no estado de Guerrero, no sudoeste do país.
A prisão acontece depois que o principal investigador de direitos humanos do México chamou os desaparecimentos de "um crime de Estado" na semana passada, marcando um dos piores abusos de direitos humanos na história do país.
Especialistas internacionais disseram que a investigação de Murillo está repleta de erros e abusos, incluindo tortura de testemunhas.
(Reportagem de Diego Ore)