ZURIQUE (Reuters) - Os juízes do comitê de ética da Fifa anunciaram nesta quinta-feira que abriram um processo formal contra o secretário-geral suspenso, Jérôme Valcke, sobre as denúncias de corrupção envolvendo a venda de ingressos para a Copa do Mundo, um dos muitos escândalos que assolam a entidade máxima do futebol mundial.
O anúncio foi feito depois que uma investigação do comitê de ética sobre o caso recomendou um afastamento por nove anos de Valcke, antigo braço direito do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ele próprio banido do futebol por oito anos.
Valcke, que encontra-se suspenso à espera de uma decisão final sobre seu caso e que nega qualquer violação, foi convidado a enviar provas ao painel, disse o Comitê de Ética da Fifa em um comunicado.
Valcke foi por muito tempo um dos homens mais poderosos da Fifa, responsável por garantir que os preparativos para as últimas duas Copas do Mundo, na África do Sul e no Brasil, ficassem prontos à tempo.
Ainda assim, seu caso tem sido ofuscado pela convulsão que dominou a Fifa no ano passado, com a abertura de investigações criminais sobre a entidade nos Estados Unidos e na Suíça.
Ao todo, 41 pessoas e entidades esportivas, incluindo representantes de alto escalão da Fifa, foram indiciados por procuradores dos EUA por crimes como corrupção, fraude e lavagem de dinheiro.
Entre os indiciados estão o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e os ex-presidentes da entidade Ricardo Teixeira e José Maria Marin, que cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos.
(Reportagem de Silke Koltrowitz e Joshua Franklin)