LOS ANGELES (Reuters) - O ator vencedor do Oscar Kevin Spacey está buscando um tratamento não especificado, de acordo com seus representantes, após acusações de assédio sexual que forçaram uma pausa na produção de sua série na Netflix, "House of Cards" e geraram repercussão nas redes sociais.
"Kevin Spacey está tirando o tempo necessário para buscar avaliação e tratamento", disseram seus representantes em comunicado na noite de quarta-feira.
Não foram fornecidos detalhes sobre a natureza do tratamento. Um e-mail da Reuters pedindo mais detalhes não foi respondido.
Spacey se desculpou no fim de semana com o ator Anthony Rapp, que acusou a estrela de Hollywood de tentar seduzi-lo em 1986, quando Rapp tinha 14 anos.
Como parte de seu pedido de desculpas, Spacey também anunciou ser gay, mas irritou muitos membros da comunidade LGBT, que viram seu anúncio como um esforço para tirar atenção da revelação de Rapp.
Rapp disse em sua conta no Twitter no fim de semana que não teria mais comentários.
O serviço de streaming Netflix, dizendo estar "profundamente perturbado" pela acusação de Rapp, subsequentemente disse que a produção da sexta temporada do drama político vencedor do Globo de Ouro "House of Cards", no qual Spacey interpreta o presidente dos Estados Unidos, Frank Underwood, estava sendo suspensa e que a série irá terminar após a sexta temporada.
Não ficou claro nesta quinta-feira se a sexta temporada da série irá seguir em frente após a decisão de Spacey de buscar tratamento.
"Nós vemos Kevin buscando tratamento como um passo positivo. Nós continuamos a usar esse intervalo para avaliar nosso caminho adiante, no que se refere à produção e não temos mais nada para compartilhar neste momento" informaram a Netflix e a produtora Media Rights Capital em comunicado após o anúncio de quarta-feira.
O anúncio de Spacey se segue a acusações de assédio contra ele feitas esta semana por dois outros homens, o ator mexicano Roberto Cavazos, que trabalhou no teatro em Londres em que Spacey foi diretor artístico de 2004 a 2015, e o cineasta norte-americano Tony Montana.
A Reuters não pôde confirmar de forma independente nenhuma das acusações.
(Por Jill Serjeant)