Por Andrea Shalal
GRAND RAPIDS, Michigan (Reuters) - Lideranças libaneses-americanos apoiaram nesta sexta-feira a vice-presidente e candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, em uma carta na qual dizem que os EUA têm sido "implacáveis" em seu apoio ao Líbano no governo Joe Biden, e que esperam ainda mais suporte caso ela vença em novembro.
A declaração de apoio ocorre em meio a ataques israelenses no Líbano, que já mataram pelo menos 2.350 pessoas no último ano, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, com mais de 1,2 milhão de pessoas desalojadas. O grupo militante Hezbollah também atacou Israel, matando cerca de 50 soldados e civis.
Os signatários da carta incluem os parlamentares Donna Shalala e Toby Moffett, o ex-secretário de Transportes do governo Barack Obama, Ray LaHood, além de acadêmicos, empresários e investidores.
Muitos árabe-americanos e muçulmanos estão abandonando o partido democrata por causa do apoio do governo Biden a Israel na guerra que o país trava contra o Hamas.
Alguns membros desses grupos se negaram a apoiar Kamala, e outros até declararam voto no seu rival republicano, o ex-presidente Donald Trump, ou à candidata independente Jill Stein, do Partido Verde.
A carta foi organizada pela Força-Tarefa Americana no Líbano, cujo presidente, Ed Gabriel, é um dos muitos líderes árabe-americanos e muçulmanos que se encontraram com Kamala desde que ela visitou Flint, no Michigan, no dia 4 de outubro.
(Reportagem de Andrea Shalal)