PARIS (Reuters) - O Museu do Louvre, em Paris, fechou sua exibição subterrânea de arte islâmica nesta quarta-feira, após um aumento acentuado do nível do rio Sena, desencadeado por semanas de chuvas intensas.
O Sena inundou suas próprias passarelas no início desta semana e seu nível subiu muito, impedindo que barcos de Paris passem debaixo das antigas pontes próximas à catedral de Notre-Dame.
Turistas e moradores foram aconselhados a manter distância das margens do rio e barcos submersos atracados aos cais aparentavam estar encalhados no meio de um Sena amplamente mais largo.
Seis estações de trem localizadas próximas ao rio, incluindo a Saint-Michel, no Quartier Latin, região que atrai muitos turistas, foram forçadas a fechar.
O Louvre, maior museu do mundo e cujos tesouros incluem a "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, e a estátua da Vênus de Milo, decidiu fechar sua galeria subterrânea como uma medida preventiva porque uma grande parte do prédio fica ao lado do Sena.
O museu não informou se irá transferir obras de arte da área.
"Uma unidade de crise está monitorando a situação em tempo real", informou o Louvre, em comunicado.
O Louvre destacou que nenhum dano ocorreu em 2016, quando medidas similares foram tomadas por temores de que a água pudesse danificar exibições.
Meteorologistas previram que maiores inundações podem deixar o rio com 6 metros ou mais no total. Com o nível da água crescendo de um a dois centímetros por hora, o rio havia atingido 5,24 metros às 10h desta quarta-feira, no horário de Brasília.
(Reportagem de Julie Carriat)