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Líderes de Alemanha e França levam a Moscou plano de paz para Ucrânia

Publicado 05.02.2015, 15:53
Atualizado 05.02.2015, 16:00
© Reuters. Mulher alimenta pombos diante de casa destruída em Debaltseve

Por Lesley Wroughton e Richard Balmforth

KIEV (Reuters) - Os líderes da Alemanha e da França anunciaram um novo plano de paz para a Ucrânia nesta quinta-feira, voando para Kiev com uma proposta que em seguida levarão a Moscou.

A importância de se chegar a um acordo ficou demonstrada por uma queda brusca na moeda da Ucrânia, a grívnia, que perdeu quase um terço do valor depois que o Banco Central interrompeu os leilões diários nos quais vendia moedas fortes aos bancos.

Quase falida, a Ucrânia tenta negociar um resgate financeiro com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas muitos analistas acreditam que obter empréstimos é impossível enquanto um cessar-fogo não estiver em vigor no leste assolado pela guerra.

A viagem coordenada da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande, ocorre no momento em que os rebeldes avançaram contra um importante pólo ferroviário sob poder das tropas ucranianas depois de lançar uma ofensiva que arruinou o cessar-fogo adotado cinco meses atrás.

Enquanto os Estados Unidos falam pela primeira vez em armar a Ucrânia, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, também visitou Kiev nesta quinta-feira. Ele não tinha planos de seguir para Moscou e não está envolvido na iniciativa franco-alemã, embora a tenha endossado.

Moscou disse esperar que as conversas com Merkel e Hollande sejam "construtivas". Um assessor presidencial ucraniano os espera com "otimismo contido".

O plano franco-alemão parece uma aposta de última hora das principais potências europeias para deter a escalada do conflito antes do fim de prazos diplomáticos que devem piorar as desavenças entre Ocidente e Oriente.

As autoridades alemãs e francesas deram poucos detalhes em público sobre o conteúdo de suas novas propostas por medo de prejudicar a diplomacia delicada do processo. Kiev e seus aliados ocidentais querem que todas as forças retornem às linhas acordadas na trégua de setembro. Os rebeldes, que as ultrapassaram desde então, querem manter seus ganhos.

As conversas de paz desmoronaram no sábado em Belarus. Os líderes da União Europeia devem estudar novas sanções contra a Rússia na semana que vem, e a Alemanha irá hospedar líderes de todo o mundo em uma conferência neste final de semana na qual a Ucrânia irá encabeçar a pauta.

"Junto com Angela Merkel, decidimos adotar uma nova iniciativa", declarou Hollande em uma coletiva de imprensa. "Faremos uma nova proposta para solucionar o conflito que será baseada na integridade territorial da Ucrânia".

Ele e Merkel iriam se encontrar com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em Kiev nesta quinta-feira, e com seu colega russo, Vladimir Putin, em Moscou no dia seguinte.

"Durante dias Angela Merkel e eu trabalhamos em um texto… um texto que seja aceitável para todos", afirmou Hollande.

Falando depois de se reunir com Poroshenko em Kiev, Kerry afirmou que Washington apoia a diplomacia, mas que não irá "fechar os olhos" aos tanques e soldados russos cruzando a fronteira.

© Reuters. Mulher alimenta pombos diante de casa destruída em Debaltseve

Em Washington, o indicado do presidente dos EUA, Barack Obama, para a secretaria de Defesa deu o sinal mais claro até agora de que seu país pode armar a Ucrânia. Ashton Carter declarou ao comitê de confirmação do Senado que estaria "bastante inclinado" a fornecer algumas armas.

Moscou declarou que consideraria o envio de quaisquer armas dos EUA para Kiev como uma ameaça de segurança.

(Reportagem adicional de Natalia Zinets e Pavel Polityuk em Kiev, Aleksandar Vasovic em Vuhlehirsk, Nicolas Vinocur em Paris, Stephen Brown e Caroline Copley em Berlim, Andreas Rinke e Wiktor Szary em Varsóvia)

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