CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Autoridades mexicanas estão investigando oficiais de segurança locais que colocaram pelo menos 105 vítimas não identificadas de crimes violentos em valas comuns no México, disseram autoridades.
Os corpos foram encontrados em uma pequena comunidade indígena no Estado de Morelos, que possui uma das mais altas taxas de sequestros do país, segundo o procurador do Estado Javier Perez.
Os oficiais estão sendo investigados por prevaricação e violação das leis que cobrem o sepultamento de cadáveres, disse a promotoria em comunicado.
Não foi especificado quantos oficiais estão sendo investigados, ou há quanto tempo acredita-se que a vala comum esteja sendo usada.
A onda de violência dos cartéis de drogas no México na última década tem deixado um grande número de vítimas, as quais as autoridades não conseguem identificar. Elas são muitas vezes despejadas em valas comuns em cemitérios, após a concessão de autorização oficial para fazê-lo, no entanto, este local não foi autorizado, disse Perez.
Os corpos foram encontrados em sacos plásticos e a maioria, mas não todos, incluem uma garrafa que contém o número de caso das investigações policiais, de acordo com uma autoridade da Comissão de Direitos Humanos estatal, que pediu anonimato por não estar autorizada a falar com a imprensa.
"Eles estavam todos juntos em uma cova gigante", disse a autoridade.
A vala comum foi descoberta após uma busca feita pela família de um homem sequestrado e morto em 2013.
Ainda que este corpo tenha sido identificado por testes de DNA, ainda assim ele foi jogado na vala.