SÃO PAULO (Reuters) - A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo fechou mais um parque da capital devido a suspeita de febre amarela em um macaco sagui, que pode ter morrido pelo tipo silvestre da doença, informou a assessoria de imprensa do órgão municipal nesta quarta-feira.
Segundo a secretaria, o fechamento do parque é uma medida preventiva, após o macaco ter sido encontrado morto "e com os primeiros resultados laboratoriais confirmados" para febre amarela. "Apesar de ainda ser necessário o resultado do exame histoquímico, a pasta adotou a medida", disse o órgão em comunicado.
O Parque Anhanguera, na zona norte de São Paulo, ficará fechado a partir de quarta-feira e também foi recomendado à população que não utilize os parques lineares Canivete e Córrego do Bispo por tempo indeterminado.
No último fim de semana, o Horto Florestal e o Parque da Cantareira já haviam sido fechados depois que cinco macacos foram encontrados mortos, um deles com a doença confirmada. [nL2N1MY0WU]
"Não houve na capital registro de casos em humanos autóctones, mas apenas casos importados, isto é, pessoas que foram contaminadas em outros municípios ou mesmo em outros Estados e desenvolveram a doença em São Paulo", disse a coordenadora do programa municipal de imunização da cidade de São Paulo, Maria Lígia Nerger, em nota divulgada nesta quarta-feira.
Segundo a coordenadora, a ação é preventiva e prioritária para a região onde foi encontrado "o primata não humano contaminado por febre amarela”.
O Ministério da Saúde enviou, na segunda-feira, 1 milhão de doses de vacina contra a febre amarela para São Paulo a pedido do Estado, segundo comunicado do ministério.
Uma campanha de vacinação preventiva conduzida pelo governo da capital paulista imunizou cerca de 63 mil pessoas do dia 21 de outubro até a última terça-feira.
A secretaria municipal ressaltou, na nota, que macacos não são transmissores do vírus, mas sim mosquitos. Técnicos da Vigilância Sanitária fazem desde o início da semana uma varredura nos parques para evitar a proliferação dos mosquitos transmissores -- "Haemagogus" no ciclo silvestre e "Aedes Aegypti" no meio urbano, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
(Por Taís Haupt)