Por Aref Mohammed
BASRA, Iraque (Reuters) - Um segurança postado diante de uma filial de um dos grupos paramilitares mais poderosos do Iraque matou um manifestante a tiro nesta sexta-feira enquanto tentava repelir uma multidão, disseram fontes da polícia, elevando as tensões provocadas pela falta de serviços básicos que assola cidades do sul.
Duas pessoas ficaram feridas quando manifestantes se reuniram diante da sede local da Organização Badr, apoiada pelo Irã, atirando tijolos e pedras.
"Recebemos o corpo de um manifestante com um ferimento de bala na cabeça", disse um médico de um hospital da cidade de Diwaniya.
A morte desta sexta-feira eleva para quatro o número de manifestantes que perderam a vida em quase duas semanas de protestos contra políticos corruptos acusados de não prover serviços básicos e empregos ao polo petrolífero decadente de Basra e outras cidades.
Dezenas de membros das forças de segurança ficaram feridos nas manifestações, algumas das quais ocorreram na entrada de campos petrolíferos. Autoridades dizem que a produção não foi afetada.
A revolta também se dirigiu a grupos paramilitares como o Badr, o que é incomum. Os políticos do Badr receberam muitos votos na eleição parlamentar de 12 de maio, que foi ofuscada por alegações de fraude.
Milhares protestaram em cidades do sul e em Bagdá, pedindo a queda de partidos políticos, e intensificaram as manifestações apoiados pelos clérigos mais influentes do país.