Por Sabine Siebold
CHEMNITZ, Alemanha (Reuters) - Centenas de manifestantes anti-imigração gritando “Resistência” se juntaram na cidade alemã de Chemnitz nesta quinta-feira, após uma série de confrontos violentos que seguiu o assassinato de um alemão por dois imigrantes.
A polícia da Saxônia, no leste do país, chamou reforços de toda a Alemanha após confrontos em dois dias de protestos, que seguiram a prisão de um sírio e um iraquiano pela morte a facadas no domingo de um homem, identificado somente como “Daniel H.”.
A Alemanha está profundamente dividida pela decisão da chanceler Angela Merkel em 2015 de permitir a entrada de mais de um milhão de imigrantes, muitos deles refugiados das guerras na Síria, no Iraque e no Afeganistão.
Levantando preocupações sobre possíveis ligações entre a polícia e a extrema-direita na Saxônia, procuradores também anunciaram que um oficial havia confessado o vazamento do que deveria ser um mandado de prisão confidencial para o suspeito iraquiano. Isto foi amplamente publicado em sites da extrema-direita, impulsionando os protestos.
Manifestantes da extrema-direita cantaram o hino nacional do lado de fora do estádio de futebol de Chemnitz nesta quinta-feira enquanto um grupo levantava um cartaz dizendo “Estamos de pé por nossas crianças”, conforme oradores com megafones discursavam à multidão.
Em um saguão dentro do estádio, o premiê da Saxônia, Michael Kretschmer, pediu um minuto de silêncio em memória à vítima do assassinato.
“Vamos garantir que este crime seja esclarecido”, disse em encontro de cidadãos que teve presença de centenas. Mais cedo, ele havia prometido garantir que “aqueles que andam pela cidade com saudações de Hitler também sejam condenados”.